segunda-feira, 9 de março de 2009

Na íntegra, a entrevista com Bruno Gagliasso na TAL e várias fotos EXCLUSIVÍSSIMAS!

Bruno Gagliasso
Dono de uma beleza unânime, e de uma simpatia contagiante, ele é apaixonado pelos amigos de infância e por sua família.

Já fazia alguns meses que eu e Bruno conversávamos por telefone para marcar este bate-papo, até que, nos primeiros dias de 2009, conseguimos finalmente “fechar” a data. Além da rotina corrida, ele confessou que foge das entrevistas convencionais: “Você viu que eu te enrolei, né? Mas, quando você me disse que seria um bate-papo informal, eu desencanei” (risos).

Bruno começou a carreira de ator fazendo teatro, com 14 anos, mas nunca tinha feito uma peça profissional. Com 17 anos foi convidado para fazer o teste das “Chiquititas”, que era gravado na Argentina. De lá para cá, não parou mais!

Ele interpretou vários personagens polêmicos, como o “Júnior” da novela “América” e “Vincent Van Gogh” no teatro. Na atual novela das nove, “Caminho das Índias”, ele interpreta o “Tarso”. “Sou um sortudo!”, justifica o ator, que reconhece não ser chamado apenas para os papéis de galã.


Segundo os colegas de trabalho, dedicação e profissionalismo são suas marcas registradas. Para os amigos, o recado foi explícito: “Eu faço de tudo pelas pessoas que amo!”

Eu soube que você tem uma ligação muito forte com seus amigos de infância. É verdade?
Meus grandes e verdadeiros amigos são os meus amigos de infância sim. Foram poucos os amigos que eu fiz no trabalho, como a Fernanda Paes Lemes e a Júlia Faria. Agora, dos antigos, somos oito, e nós até temos uma tatuagem em comum, escrita “Pela Máfia Tudo”, por causa do “Poderoso Chefão”. Nós brincávamos que éramos uma máfia. Nós nunca nos separamos, mesmo sendo de profissões diferentes. Um é personal trainner, o outro praticante do vale-tudo, o meu primo Chico trabalha comigo fazendo eventos, etc.
E tenho também uma tatoo em comum com a Fernandinha (Paes Leme) e um outro grande amigo baiano, o “Dão”.
Quando eu fazia teatro, eu morava na Barra e tinha que ir pro Catete, era na casa deles que eu almoçava. Eles sempre me deram a maior força. Era um “barato”, a gente invadia festas, eu já fui “penetra” muitas vezes.

Disseram-me que você costuma levar seus amigos quando viaja a trabalho...
Eu faço muita “Presença” (Contrato para comparecer em festas). Me contratam para fazer um trabalho em Fortaleza, por exemplo, quando eu fecho o contrato, falo que “quero o meu cachê mais quatro passagens” porque dessa maneira posso levar meus amigos e ficar curtindo o final de semana com eles. Vou fazer o que sozinho, em Fortaleza?

Você é muito baladeiro?
Não. A mídia coloca isso porque terminei meu casamento, mas não sou nem um pouco baladeiro, não suporto boate. Mas, como a gente é famoso, o povo fala mesmo. Eu não me incomodo, deixo falar. Nem fico olhando esses sites de fofocas. Aliás, eu não ligo para essas fofoquinhas, elas são muito pequenas perto da grandiosidade do trabalho que eu faço.

As pessoas que já trabalharam com você dizem que você é um ator determinado e dedicado.
Eu dou muito valor ao meu trabalho. Eu me acho um cara de sorte, porque sempre fui convidado para fazer personagens que têm uma importância social muito grande. No caso do “Júnior” (personagem gay interpretado por Bruno na novela “América”), as pessoas se lembram até hoje.

Você acha que aquele beijo gay (cena gravada, mas não exibida no último capítulo da novela “América”) deveria ter ido ao ar?
Eu trabalho com arte, portanto sou contra qualquer tipo de censura. Em “América”, o “tiro saiu pela culatra”, porque o último capítulo gerou muita polêmica! O fato de o beijo não ter ido ao ar gerou uma discussão maior do que a se tivesse ido. Qual é a minha função como ator? Fazer política social! Levantar uma questão para que as pessoas possam discutir sobre ela. Foi assim com o “Júnior”, foi assim também com o “Ivan” (personagem interpretado por Bruno na novela “Paraíso Tropical”). O “Ivan” era um bad-boy, que não tinha estrutura familiar alguma.

Os seus trabalhos sempre exigem muito de você, como ator. Independe de ser um galã, as pessoas gostam do seu trabalho, não acha?
Eu sou um sortudo! Também não sou hipócrita, é claro que aproveito as oportunidades.
Eu fiz um personage na novela “Sinhá Moça”, que acabou virando uma comédia. Ele não era um personagem cômico. A Direção era do “Papinha” e, na versão original, meu personagem era de um jeito, mas ele acabou comprando a idéia de fazer um Caipira. Fazer teatro na televisão é muito difícil. Por incrível que pareça, foi o personagem que mais me deu alegria. Que mais me traz recordações boas, porém tinha sido o que menos fiquei empolgado para fazer. Ganhou prêmios! É por isso que gosto dele (Papinha). Para tudo que ele me chamar, eu vou. Eu sempre fiz parcerias boas, com o Gilberto (Braga), agora com a Glória (Perez).

Como foi a preparação para a novela “Caminho das Índias”?
Eu já tinha bastante estudo em esquizofrenia, por conta da peça “Um certo Van Gogh”, escrita por Daniela Pereira de Carvalho e dirigida por João Fonseca. Mas o maior estudo é o contato, e isso eu tive na CPRJ (Centro Psiquiátrico do Rio de Janeiro), onde a Glória encontrou a inspiração para criar meu personagem. Na CPRJ há uma banda: “O amor enlouquece”. Essa Banda é integrada por esquizofrênicos e médicos. Fui no ensaio da Banda, almocei com eles, etc. Eu gosto muito de estudar sozinho também, ler bastante. Também fiz uns workshops.

O que você acha desse paralelo que a Glória Perez faz entre a loucura social vivida na Índia e a que vivemos aqui no Brasil?
Imagine você se casar com quem não conhece, sem saber se vai amar aquela pessoa. Por outro lado, eles têm um respeito muito grande pelos mais velhos, aí a loucura é nossa, pelo nosso destrato com os mais velhos. A Glória faz isso muito bem.

Você fez uma lipoaspiração, quando voltou ao Brasil depois de gravar “Chiquititas”. Você faria outra? Como você lida com a questão estética?
Quando eu cheguei da Argentina, depois de gravar ‘Chiquititas’, eu fui fazer uma cirurgia no dedo, e como estava meio gordinho, a cirurgiã me propôs ”aproveitar” o anestesista e já fazer uma “lipo”. Ai fui e fiz, e foi a melhor coisa. Mas como foi de graça não levei muito a sério e acabei engordando de novo. Hoje acho que não preciso da “lipo”, e a estética está ligada ao tipo de trabalho que eu vou fazer. Agora, por exemplo, eu engordei quatro quilos, porque eu preciso emagrecer durante a novela, para interpretar o Tarso” que é esquizofrênico. Na época do “Junior”, eu emagreci porque ele (o personagem) era vaidoso. Na época do “Ivan”, eu malhei pra caramba, virei rato de praia, porque ele tinha esse perfil de querer ganhar dinheiro e “pegar” mulher.

E o espetáculo “Um certo Van Gogh”?
“Um certo Van Gogh” foi um Projeto de Vida, porque, quando você realiza, produz (escolhe elenco e direção), vira muito “seu”. Eu acho que foi meu primeiro filho.

Seu ator preferido é o Wagner Moura. Você já o admirava antes de contracenarem juntos na novela “Paraíso Tropical”?
Não! Foi depois do contato. Eu não consigo admirar uma pessoa, não conhecendo-a como ser humano. O cara pode interpretar bem, mas o ator não é só isso. É ser humano, é artista. E o Wagner tem isso tudo.

Qual foi o maior desafio que você passou, no projeto do espetáculo “Van Gogh”?
O de ser conhecido apenas como ator de televisão. O ‘Van Gogh’ foi uma idealização minha. Chega um cara de 26 anos querendo fazer “Van Gogh”, produzir, idealizar. Daí rola um preconceito do tipo “o cara não deve saber muito de teatro” ou “vamos ver se o cara da televisão faz teatro”. Por outro lado, o primeiro lugar que fui, já consegui patrocínio. E, depois, era muito legal as pessoas me abordarem, dizendo que tinham ido me ver com um preconceito e que acabaram gostando. A melhor forma de acabar com esse tipo de preconceito é mostrar trabalho. Não precisa falar nada. Faça!

E a relação com seu irmão, o ator Tiago Gagliasso?
Meu irmão é muito maduro, e nós mantemos uma relação de amizade. E isso é muito legal e também muito raro, por causa do ciúme. E com a gente não tem isso. Os amigos dele são muito legais, então eu ando com eles também. Meus amigos viram ele nascer, e acabamos formando uma única “galera”.

E que história é essa de que você tem uma babá?
Eu tenho uma babá! Às vezes eu chego da gravação 4h ou 5h da manhã, e ela está lá, esperando para saber se eu vou comer. Não é uma babá? Ela é fã do Henrique Iglesias, e eu comprei uma mesa do show dele para ela ir com a empregada da minha mãe. Elas foram no salão de beleza, tiveram “um dia de princesa”. Depois se acabaram no show. Ela será, com certeza, a babá dos meus filhos.

2 comentários:

Anônimo disse...

mudem a cor da fonte das perguntas...
o vermelho com esse fundo ficou péssimo...
adorei a entrevista
bjs

TAL REVISTA disse...

Obrigada pela dica! Vamos tentar fazer isto agora!
abs